Optar por um tratamento integrado, onde mente e corpo ganham atenção especial, pode ser um fator decisivo na hora de superar um câncer de mama. Diagnosticada em 2020 com a doença, a contadora Marta Leila dos Santos, de 51 anos, decidiu se fortalecer física e mentalmente para enfrentar o tumor que surgiu em uma de suas mamas e, para isso, se cercou de muita informação e cuidados de diferentes especialidades para vencer a enfermidade antes mesmo da cirurgia.
Com o lema “um câncer se instalou na pessoa mais positiva da Terra”, a curitibana contou sua história nas redes sociais para servir de inspiração para outras pessoas que vivem o mesmo problema. Assim que recebeu o diagnóstico, ela procurou uma nutricionista, um cardiologista, um endocrinologista, um mastologista e um cirurgião oncológico. Seu objetivo era aumentar a performance do seu tratamento.
“Hoje não se morre mais de câncer se detectado logo no início e se seguirmos os procedimentos necessários para a obtenção da cura. Só dá trabalho. O processo é demorado mesmo em seu estágio inicial. Então, durante o câncer decidi lutar para providenciar a sua ‘desinstalação’ do meu corpo o mais rápido possível e consegui”, explica.
Marta conta que sempre fez exames periódicos anualmente e que, nesse intervalo, identificou um pequeno caroço no mama por meio do exame de toque. “Nunca deixei de fazer o acompanhamento, inclusive mamografia. Realizava o exame de toque pelo menos duas vezes por ano e em uma delas senti uma diferença e procurei minha médica, que pediu novos exames e me encaminhou para um mastologista”.
A paciente conta que ao fazer a biópsia e receber o diagnóstico de câncer não chorou. Sua reação foi apenas perguntar o que ela deveria fazer para se livrar da doença “Não fiquei deprimida. Perguntei também como eu mesma poderia ajudar. Usei o dinamismo que sempre tive para tudo na vida para vencer o câncer e deu certo”, relembra.
Marta procurou médicos de diferentes especialidades, além de um preparador físico. Sua meta era se fortalecer para enfrentar o que estava por vir. “Precisava saber como estava o meu corpo e aumentar a performance do meu tratamento. Foram 16 sessões de quimioterapia, que enfrentei sem medo, porque estava forte e preparada para aquela fase. Perdi os cabelos, mas não fiquei debilitada, não me entreguei nenhum dia sequer. O nódulo tinha 3 centímetros no começo do tratamento e na 9ª sessão já tinha desaparecido”, conta.
Para a médica especialista em ginecologia e obstetrícia Glaucia Martins, que sempre atendeu Marta em suas consultas de rotina e a encaminhou para um mastologista, o acompanhamento multidisciplinar foi essencial para o sucesso do tratamento. “É muito importante que o paciente oncológico seja acompanhado por diversos profissionais. Ele deve ser visto por inteiro, desde questões relacionadas com sua saúde e apoio psicológico, até mesmo questões alimentares e medidas que visem promover sua qualidade de vida. É indispensável que, além da oncologia e mastologia, ele receba suporte multiprofissional.”, explicou a profissional, que integra o corpo clínico do Instituto Femina, uma rede integrada de serviços médicos humanizados responsável por cuidar do bem-estar da mulher em todas as etapas de sua vida.
Para a médica especialista em ginecologia e obstetrícia Glaucia Martins, que sempre atendeu Marta em suas consultas de rotina e a encaminhou para um mastologista, o acompanhamento multidisciplinar foi essencial para o sucesso do tratamento. “É muito importante que o paciente oncológico seja acompanhado por diversos profissionais. Ele deve ser visto por inteiro, desde questões relacionadas com sua saúde e apoio psicológico, até mesmo questões alimentares e medidas que visem promover sua qualidade de vida. É indispensável que, além da oncologia e mastologia, ele receba suporte multiprofissional.”, explicou a profissional, que integra o corpo clínico do Instituto Femina, uma rede integrada de serviços médicos humanizados responsável por cuidar do bem-estar da mulher em todas as etapas de sua vida.
Em função do tipo de câncer, Marta precisou retirar as duas mamas. A cirurgia foi feita em 2021. O cirurgião oncológico do instituto, Fábio Fin, afirmou que as condições de saúde do paciente são fundamentais para que o procedimento seja realizado de maneira eficiente e sem maiores riscos. “Para que possamos alcançar um bom resultado cirúrgico é importante que o paciente esteja em dia com sua saúde antes de ser submetido à cirurgia. Quanto melhor o estado geral do paciente antes da cirurgia, melhores serão os resultados”.
A dieta alimentar adotada pela paciente também foi importante para que enfrentasse as sessões de quimioterapia com mais disposição. “A alimentação é uma aliada muito poderosa para manter a saúde do corpo. Adotar hábitos saudáveis, evitando produtos industrializados, ricos em farinha branca, açúcar e conservantes, é de extrema importância no combate ao câncer de mama”, explicada a nutricionista do Instituto Femina, Jennifer Andriguetto.
Cercada de todo tipo de cuidado e com muita informação a respeito do câncer, Marta superou com muita disposição e garra todas as etapas do tratamento, que recentemente contou uma cirurgia de reconstrução das mamas. Ela destaca a importância do conhecimento, do otimismo e de saber reconhecer os sinais do próprio corpo para vencer patologias graves como o câncer.
“Eu trabalhava em uma empresa e me aposentei para me dedicar exclusivamente a minha cura. Hoje ajudo outras mulheres que estão enfrentando o câncer. Minha história as ajudou a irem sem tanto medo para fazer as biópsias e o tratamento para quem precisou. Algumas temiam até fazer a mamografia, mas o medo não vai curar o câncer se ele já estiver instalado. Por isso eu sempre deixo a mensagem: se toque, se cuide e não se descuide!”, finalizou.