Esse tecido é estimulado pelos estrógenos produzidos pela mulher, e por encontrar-se em local não habitual, responde ao estímulo hormonal com inflamação, fibrose dos tecidos comprometidos e aderências.
Para o tratamento da endometriose é utilizado o bloqueio hormonal ou a cirurgia, conforme a necessidade de cada paciente e a avaliação do médico responsável. Confira mais informações sobre o assunto!
Os sintomas de endometriose por muito tempo foram minimizadas tanto pela sociedade como também pelos profissionais de saúde, sendo confundidos com sintomas de TPM. Cólica intensa ou mesmo incapacitante no período pré-menstrual, dor na região pélvica, dor na relação sexual, dor para evacuar e infertilidade são os sintomas mais relatados pelas mulheres.
Por essa dificuldade em identificar e diferenciar sintomas habituais menstruais com sintomas de endometriose, o diagnóstico acaba demorando até 10 anos e necessita de atenção da mulher e do profissional de saúde, a primeira em identificar seus sintomas e entender que “sentir dor intensa não é normal” e o segundo em dar a atenção necessária às queixas e solicitar exame específico para seu diagnóstico correto.
Esse exame é chamado mapeamento pélvico. Ele pode ser realizado via ecografia ou ressonância magnética, dependendo do profissional radiologista que fará o exame.
Consiste em identificar as lesões de endometriose, assim como a fibrose e aderência que a inflamação dos focos causam.
O tratamento da endometriose se baseia na restrição e inatividade da atividade inflamatória das lesões, podendo ser utilizado bloqueio hormonal ou cirurgia.
O tratamento clínico se baseia no bloqueio hormonal da atividade ovariana por meio do uso de anticoncepcionais contínuos.
Já o tratamento cirúrgico é preferencialmente realizado via videolaparoscopia, com a retirada das lesões, do tecido fibrosado e das aderências presentes causadas pela inflamação dos tecidos.
A recuperação da cirurgia normalmente é bastante tolerável, com retorno às atividades normais e melhora significativa das queixas de dor e da redução da fertilidade relatadas anteriormente.
Dr. Luis Guilherme Sanches Soares, médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia