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Mioma: entenda o que é, quais os principais tipos e sintomas

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Você com certeza já ouviu falar sobre mioma. Tratam-se de tumores uterinos muito comuns que afetam as mulheres principalmente na fase reprodutiva.

O que muitas pessoas não sabem é que existem diferentes tipos de miomas e cada um deles pode apresentar complicações e sintomas diferentes, entre eles infertilidade.

Nesse artigo vamos detalhar o que é o mioma, como ele pode evoluir no corpo feminino, as características de cada tipo e ainda os tratamentos mais indicados. Confira!

O que é mioma?

Os miomas uterinos são tumorações benignas, também chamados de leiomiomas, que costumam surgir com mais frequência em mulheres na idade reprodutiva ( cerca de 20% de prevalência).

Eles são formados pelo tecido muscular que reveste o útero, chamado de miométrio. Uma única célula se divide várias vezes, formando uma massa firme e elástica, distinta dos tecidos localizados ao seu redor.

Como se dá o crescimento do mioma?

O padrão de crescimento dos miomas uterinos pode variar. Alguns crescem lentamente, enquanto outros evoluem de maneira mais rápida. Podem ter tamanhos variados, desde proporções milimétricas a dimensões volumosas que chegam a alterar o tamanho e a definição do corpo uterino.

Quais são os tipos de mioma?

Os três principais tipos de miomas que podem surgir no útero das mulheres são:

Subseroso: está localizado abaixo da camada mais externa do corpo uterino. Ele pode provocar a compressão de órgãos adjacentes, como bexiga ou intestino. Este mioma costuma apresentar sintomas como aumento da frequência urinária ou constipação intestinal, além de cólicas.

Intramural: está localizado no interior da camada muscular do útero, podendo causar aumento do sangramento vaginal e cólicas abdominais. Dependendo do seu tamanho, esse tipo de mioma pode levar a um abaulamento no endométrio, gerando maior risco de infertilidade para a paciente.

Submucoso: está localizado na camada mais interna do útero, chamada de endométrio, e é o tipo de mioma que mais interfere na fertilidade. Além disso, pode provocar hemorragias durante o fluxo menstrual devido a sua localização.

Causas do mioma

As causas que podem levar ao aparecimento dos miomas uterinos não são totalmente conhecidas. O que se sabe é que eles surgem com maior frequência entre as mulheres:
• Negras;
• Com histórico familiar positivo para a doença;
• Hipertensas, diabéticas ou com síndrome dos ovários policísticos;
• Nuligestas (mulheres que nunca tiveram filhos);
• Obesas.

Sintomas do mioma

Em sua maioria são assintomáticos, sendo assim, muitas mulheres desconhecem ter a doença, só detectando a alteração durante a realização dos exames de rotina.

Seus sintomas estão diretamente ligados a quantidade, localização e tamanho dos miomas. Alguns deles são:
• Sangramento uterino anormal;
• Cólicas menstruais;
• Dor durante as relações sexuais;
• Dores pélvicas ou na coluna lombar;
• Aumento do volume abdominal;
• Incontinência urinária ou constipação intestinal;
• Presença de varizes e inchaço nas pernas, devido à compressão dos vasos pélvicos;
• Dificuldades para engravidar;
• Infertilidade (cerca de 5 a 10% dos casos de infertilidade estão relacionados a miomas uterinos).

Diagnóstico do mioma

O diagnóstico da doença é feito por meio da história clínica da paciente, do exame ginecológico e da realização de exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve.

Tratamento

O tratamento dos miomas deve ser individualizado, pois, é preciso considerar fatores como:
• Idade;
• Presença de sintomas;
• Localização e tamanho das lesões;
• Quantidade de miomas uterinos;
• Desejo de engravidar.

Mulheres assintomáticas e que não desejam engravidar, habitualmente, não precisam de tratamento, mas devem ser acompanhadas regularmente pelo seu médico para avaliar se o mioma regrediu ou aumentou de tamanho.

Em casos em que a paciente apresenta sintomas que incomodam sua rotina e impactam negativamente a sua qualidade de vida, o médico pode indicar o uso de algumas medicações, sendo as mais recomendadas: anticoncepcionais combinados, progestágenos isolados, anti-inflamatórios e analgésicos, porém, o tratamento definitivo é cirúrgico.

A cirurgia para retirada é recomendada quando os miomas causam sintomas importantes, como dores e sangramentos excessivos, se forem do tipo submucoso, ou quando apresentam grandes dimensões.

Várias são as possibilidades de tratamento cirúrgico, como a retirada dos miomas, miomectomia, que pode ser feito por laparoscopia ou histeroscopia (quando estão dentro do útero ).

Podem ser utilizadas técnicas de embolização (fechar os vasos que levam sangue ao mioma) e ablação por radiofrequência (eletrodo que destrói o mioma com calor local).

Todas as técnicas adotadas pelo Instituto Femina são minimamente invasivas, com rápido retorno as atividades, menos perda de sangue, menos dor pós operatória e, consequentemente, menos tempo de internação.

Para mais informações entre em contato com a nossa equipe.

Dr. Lucas Marin Dallstella, especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em endoscopia ginecológica