Cerca de 40% das mulheres que vão ao ginecologista tem alguma queixa relacionada a corrimentos vaginais. De fato, esse é um sintoma que causa muito incômodo, mas será que todo corrimento é sinônimo de doença? A resposta é não. Entenda mais nesse artigo e saiba em que situações é preciso se preocupar.
A presença de secreção vaginal é normal, principalmente nas mulheres que estão na fase reprodutiva da vida. O que precisa ser avaliado são os aspectos dessa secreção, que podem ou não significar que algo está errado.
Quando pensamos nos corrimentos vaginais patológicos, na maioria das vezes podemos ter dois tipos principais de problemas: vaginites e vaginoses.
A principal causa de vaginite é a candidíase, um fungo que se instala e se multiplica no ambiente vaginal e causa sintomas como coceira, ardência local, corrimento vaginal esbranquiçado ou amarelado, fissuras e inchaço.
Já nas vaginoses temos a proliferação anormal de alguns tipos específicos de bactérias que provocam corrimento vaginal com odor desagradável (odor de peixe).
Não podemos nos esquecer de que algumas IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também podem causar corrimentos vaginais mais abundantes, como é o caso da gonorréia.
Independente do fator desencadeante do corrimento vaginal, caso ele venha acompanhado de outros sintomas, ou se a característica da secreção vaginal habitual mudou, é hora de procurar um médico ginecologista para que ele possa oferecer o melhor diagnóstico e tratamento possível.
Dra. Glaucia Moralles Martins, ginecologista