Confiar no seu cirurgião é fundamental para se sentir segura e preparada para um procedimento cirúrgico, especialmente quando se trata de uma condição complexa. Aqui estão algumas maneiras de construir confiança no seu cirurgião:
Certifique-se de que o cirurgião é devidamente qualificado e certificado na especialidade relacionada ao seu tratamento. Procure por exemplo, quais sociedades ou quais eventos ele participa. Geralmente profissionais que estando envolvidos em congressos, cursos, e que estando acostumados a falar para grandes públicos tem maior experiência.
Pergunte ao cirurgião quantos procedimentos similares ele já realizou. Ter um histórico de sucesso com casos de endometriose ou cirurgias minimamente invasivas é um bom indicativo de competência.
Se possível, fale com pacientes que já foram operados por esse cirurgião. Você pode encontrar depoimentos em redes sociais, grupos de apoio, ou através de indicação de seu ginecologista.
Embora nem sempre sejam totalmente confiáveis, verificar sites de avaliação médica pode dar uma ideia geral das experiências de outros pacientes com o cirurgião.
Um bom cirurgião deve ser capaz de explicar claramente o procedimento, os riscos e os benefícios, e responder todas as suas dúvidas de maneira compreensível. Se você sente que ele está sendo evasivo ou não está explicando bem, isso pode ser um sinal de alerta.
O cirurgião deve ser acessível e disposto a ouvir suas preocupações. Ele deve demonstrar paciência e empatia ao discutir o procedimento, e não fazer com que você sinta pressa ou pressão.
Um bom cirurgião irá adaptar a cirurgia às suas necessidades individuais. Pergunte se ele considerou seu histórico médico, estilo de vida, e expectativas em relação à recuperação e ao resultado do procedimento.
Verifique se o cirurgião discute alternativas e opções de tratamento e se propõe uma abordagem que vá além do "padrão". Ele deve demonstrar preocupação com seu bem-estar geral, e não apenas com a realização da cirurgia.
O cirurgião deve ser honesto sobre o que a cirurgia pode e não pode resolver. Se ele promete resultados "milagrosos" ou minimiza os riscos de forma irrealista, é importante repensar a confiança.
O médico deve explicar claramente os possíveis riscos e complicações, sem esconder informações. A transparência é um sinal de que o cirurgião está comprometido com sua segurança.
Um bom cirurgião deve ter um plano claro de acompanhamento pós-operatório, garantindo que você terá apoio durante sua recuperação. Certifique-se de que ele ou sua equipe estará disponível para consultas ou dúvidas após a cirurgia.
Verifique se o cirurgião ou a equipe dele estará disponível para emergências ou complicações pós-cirúrgicas.
A confiança no seu médico também envolve uma sensação intuitiva de que ele é alguém em quem você pode confiar. Se, mesmo após várias consultas, você ainda sentir desconforto ou insegurança, pode ser uma boa ideia buscar uma segunda opinião.
Se você ainda tiver dúvidas, buscar uma segunda opinião é um passo importante. Um bom cirurgião não se sentirá ofendido por isso e, de fato, pode até encorajar a busca por outra perspectiva para garantir que você tome uma decisão informada.
Se a cirurgia for para tratar seu problema, certifique-se de que o cirurgião e sua equipe tenham experiência específica nessa área. Cirurgias pélvicas são doenças complexas, e o médico precisa estar familiarizado com diferentes tipos de casos, inclusive os mais graves.
Além do cirurgião, a equipe de apoio e a infraestrutura da clínica ou hospital também são importantes. Verifique a reputação do hospital, a equipe de anestesistas e enfermeiros, e se há suporte adequado para cuidados pós-operatórios.
Confiar no seu cirurgião e na sua equipe é um processo que envolve pesquisar, fazer perguntas, verificar a experiência e, principalmente, sentir-se confortável com a abordagem e a comunicação do profissional. Se você sentir que tem todas as informações necessárias, e que ele está disposto a trabalhar junto com você para alcançar os melhores resultados, é um bom sinal de que você pode confiar nele.
Fabio Fin e Glaucia Moralles Martins
Médicos Fundadores do Instituto Femina