A vagina é um órgão tubular fibromuscular, recoberto por mucosa. É um dos órgãos sexuais internos femininos e faz parte do Sistema Reprodutor. A vagina se estende do colo do útero (parte inferior do útero) e abre na vulva (órgão genital feminino externo).
Como a vagina é composto por diferentes tecidos e de células consequentemente pode-se desenvolver vários subtipos de câncer vaginal, sendo o Carcinoma de Células Escamosas (CEC) o mais comum. Uma lesão precursora é uma condição em que células alteradas são encontradas apenas na camada mais superficial da vagina (neoplasia intraepitelial vaginal - NIVA) e podem se tornar câncer com o tempo.
• Idade: > 40 anos ( principalmente >70anos) • Vírus do papiloma humano (HPV) • Câncer de colo uterino • Tabagismo • Imunodepressão, como infecção pelo Vírus da Imunodeficiência humana (HIV)
A melhor maneira de reduzir o risco de câncer vaginal é evitar fatores de risco conhecidos (como o uso de preservativos e realizar a vacinação contra o HPV), diagnóstico precoce e tratamento das lesões pré malignas.
O rastreamento deve ser feito concomitante com o rastreamento do câncer cervical, com exame físico ginecológico de rotina e com teste de Papanicolaou/Preventivo.
Inicialmente o câncer de vagina não apresenta nenhum sinal ou sintoma. Em lesões maiores pode-se apresentar com: Sangramento vaginal anormal (geralmente após o relação sexual), dispareunia (dor durante a relação sexual), corrimento vaginal anormal e dor pélvica.
O diagnóstico é realizado no exame ginecológico e biópsia. Após o diagnóstico positivo para câncer de vagina, deve-se realizar exames de imagem para definir o tamanho, extensão do comprometimento e avaliar se há lesões à distância (metástase) para definir individualmente o tratamento.
O tratamento varia conforme o estadiamento, extensão do comprometimento tumoral. Neoplasia intraepitelial vaginal de baixo grau, podem ser acompanhadas. A maioria destas lesões tendem a apresentar regressão espontânea. Já neoplasia intraepitelial vaginal de alto grau deve ser iniciado tratamento, podendo ser com cirurgia a laser, excisão local cirurgica ou até terapia tópica com medicação. O tratamento do câncer de vagina, lesão invasiva, depende do tamanho, profundidade da invasão e presença ou ausência de doença linfonodal ou metástase a distância. O câncer de vagina é tratado principalmente cirurgia e radioterapia. A quimioterapia administrada junto com a radiação pode ser usada para tratar a doenças mais avançada.
Após completar toda fase de tratamento é importante manter um seguimento de rotina com a equipe médica do tratamento oncológico por pelo menos 05 anos com exame ginecológico periódico e exames de imagem.